quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Departures



Três dias e três noites.
Contei cada segundo.
Minhas pernas tomou um rumo próprio. Meu coração bateu numa melodia particular.
E toda a atmosfera que alí havia, cercava um cenário quase épico de tão intenso.

Então você chegou. Me segurou a mão.
Calada. Enigmátca. Aparentes crendisses que me causava medo e admiração.
Mas imponente e certa daquilo que queria.
Difícil nao me perder nos teus olhos. Olhares invasivos e convidativos.

Veio falar de amor.
Mas nao me deixou que ele se revelasse.
Tentou segredos. Mas me deixei levar naquela aventura.
Pretendi então dançar a sua musica.

Pensei não brigarmos.
Planejei nem sequer dialogarmos.
Esperei ficar alí olhando-nos um aou outro.
E tentei decifrar suas mensagens.

Agora que tudo acabou como seguir?
Propõe uma amizade ja descabida. E não quer quebrar o encanto.
Mas vejo o por do sol em tudo que há nós dois.
Como se fossemos sempre o fim.

Enquanto se virava corri meus olhos e desenhei a curva de teus ombros
Observei tua saida. Lenta. Morte lenta.
A cada passo contei um adeus.
E foram tantos adeus.

...mas um adeus diferente. Um adeus verdadeiro, sem o disfarce do "bom dia" que por tanto tempo construiu a nossa falsa rotina.