segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Sentir

 
Naquela manhã ela dizia ser alguém diferente do que vinha sendo, julgando-se imune às consequências de todas as suas más escolhas!
Naquela tarde era aquele brilho no olhar que falava mais alto. Escancarava sua felicidade de um modo doce e ardil ao mesmo tempo. Portava-se com uma imponência sobrenatural, distinta das idéias derrotadas que costumava se iludir.
Naquela noite foi mulher, sentiu-se mulher, amou quando foi possível e desamou quando já não lhe era mais conveniente. Segura da sua decisão de ser feliz traçou seu destino tendo como foco principal realizar-se plena de tudo de bom que a vida sempre lhe ofertou, mas sua visão embaçava qualquer resquício de esperança. Agora era diferente, amaria sem amarras, tendo como único limite seu prazer saudável naquilo que lhe fazia mulher feliz!