quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Um copo de Leite




É triste olhar o leite derramado, escorrendo por toda vida de desilusões e chegando nas ultimas goticuas de esperança.
O pior é saber que nada será como antes.

sábado, 9 de agosto de 2008

Adeus


Eu disse certa vez que jamais iria te ligar.
Mas hoje eu acordei com uma sensação estranha, uma vontade subita de reviver algumas coisas. Lembrei da nossa infância, as tardes intermináveis escalando muros pra roubar goiaba do vizinho. Aventuras indescritíveis!
De repente eu percebi que estavamos presentes um na vida do outro em todas as fases da vida. As mesmas duvidas foram esclarecidas e hoje são compartilhadas por uma mesma e unica certeza.
É certo que as flores daquele jardim às vezes murchavam, mas ai você vinha e as regava de mdo que jamais deixou-as morrer.
Algumas histórias hilárias, ainda consigo escutar sua gargalhada, e o brilho que vc levava no olho.
Subitamente isso tudo desapareceu. Fiquei com o amargo das lembranças e percebi que a correnteza do tempo nos afatava.
Não resisti a tanta coisa. Mas confesso que lutei bastante para que deixassemos viver ao menos o que houve de melhor. Foi inútil. Cheguei até a me culpar, mas a culpa só tem efeito retrogrado e passageiro.
Então eu te liguei, pra te perguntar se isso tudo ainda vive em sua mente ou morreu junto com a nossa juventude. Hoje é o meu aniversário. Faço 74 anos de vida, e que vida! Precisava saber de você se a nossa amizade pode fazer parte do meu "descanse em paz".
Preciso saber se você se arrepende como eu me arrependo de não ter desfrutado mais, de não ter nos permitido mais.
Mas ao mesmo tempo, te liguei pra te dizer, que não é tarde, embora eu sinta que não tenha muito tempo, pois a turbeculose anuncia o meu fim a cada tosse que dou. Liguei pra te dizer que dessa nossa distância só não me arrependo da lição que aprendi. Pude sentir na pele o preço de uma amizade: inestimável.
Sei que seus valores podem ter mudado mas eu não aguentava mais viver a hipocrisia de me contentar com um breve aperto de mão, um áspero sorriso e um abraço forçado. Desculpa te expor; desculpa o incomodo, mas é que não sei pra onde vou, e queria te dizer que se um dia nos encontrarmos, em qualquer lugar que seja, preciso de sua amizade novamente, preciso reviver tudo o que um dia me deu vitalidade e me fez tanto bem.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Curtas part. 3



Tenho lidado com a parte sombria do meu quarto escuro sozinho.
Escrevo uma canção camuflada de pensamentos ou qualquer coisa que não deixe explcito minhas dores, minhas mágoas, meus amores, meus horrores.
Disfarço e tento burlar o tempo, mas não adianta, pois você não aparece.
E sua mão não segura mais a minha. É a hora que eu pergunto se você conseguiria me perdoar!

domingo, 15 de junho de 2008

Curtas part. 2




É tudo incerto de mais.
Por que esse medo de te enfrentar?
Posso perfeitamente viver sem vcê.
Aquele mesmo vento que me trouxe aqui, poderá
gerar um vendaval e me levar para lugares distantes.
Mas talvez esse seja o meu maior medo, enfrentar você e ser levado.
Não resisto a idéia de fazer de você coadjuvante em minha rotina.
A ausência corroe o meu orgulho e me faz te aceitar de volta.
Assim, como se nada tivesse acontecido.
Como se a solução de tudo aparecesse amanhã assim que eu acordar
e te encontrar ao meu lado.

Curtas



Disseram-me insistentemente, para eu te esquecer.
Quiseram, a qualquer custo, que eu me separasse de você.

Mas insistentemente eu quis permanecer te amando.
E a qualquer custo viverei pra sempre esse amor.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

O Samba da Nêga


Na minha rua tem uma nêga.
Êta nêga.
Nêga da Carol.
Nêga marrenta.
Me passa, me maltrata e arranca meu coração
Meu samba.
Aprendi um samba nas suas coxas.
E dalí já nem quis mais sair.
Nem quis mais viver.
Mas a nêga?
Nem pintado quer me ver.
Canta nega, dança, samba e faz o morro cantar com você!
Maldita nêga!
Chupou me sangue feito vampira, e dpois pediu pra eu esquecer.
Mas não sou trouxa
Porque é "nessas coxa"
Que eu quero viver...e morrer
Mas enquanto isso...
Samba nega.

Resgate



Transito em você e pareço esquecer-me de tudo.
Um mal que me perssegue!
E você sai da minha vida assim?
Sem ao menos me dar satisfação, um norte!
E quando meu corpo cansar disso tudo?Quando a solidão gritar teu nome?
O que faço? Pra onde correr?
Como atravessar esta sala distante, vazia, fria?

Preciso de você, de tua pele pra sentir a brisa!
Preciso dos teus cachos e embaraços, tuas curvas para que eu me perca nelas e você venha me resgatar, num ultimmo suspiro.
Entra, senta, vamos começar de novo.
Vamos repetir a dose.
Me dê mais uma dose, dessa louca sensação que é ser seu.
Me ame outra vez, me faça feliz, me socorra, me remova daqui, me resgate!

Epitáfio



"As nossas ilusões e expectativas em relação às pessoas podem nos cegar."

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Quero te dizer que te amo



Quero te dizer que te amo
Numa canção ou num verso
Que seja tudo que eu amo
Mas que, nas suas idas e vindas, me ame!

Qero te dizer que te amo
E sem métrica, sem rima,
posso dizer de ti
E ao mesmo tempo soar como canção.

Quero te dizer que te amo nessa luz e nessa escridão
Ainda que aprisionado em ti
Me liberto no ultimo grito, gemido
gemendo, gemendo!

Quero te dizer que te amo
Para que jamais esqueças de mim
De viver assim, pra mim
Só porque te amo.

Quero te dizer que te amo
Quero que te encerres em mim
E que tudo a nossa volta surja
como uma espécie de revolta.

Quero te dizer que te amo
E te explicar esse brilho nos meus olhos
Reflexo de mim, de ti, de nós à beira d'uma fogueira
quase dando um nó.

Quero te dizer que te amo
Escrever sem parar ate você entender
Que nada do que eu disse faz sentido algum
que não seja dizer que te amo.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

50 receitas

"Eu respiro tentando encher os pulmões de vida
Mas ainda é difícil deixar qualquer luz entrar
Ainda sinto por dentro cada dor dessa ferida
Mas o pior é pensar que isso um dia vai cicatrizar
Eu queria manter cada corte em carne viva
Minha dor em eterna exposição
E sair nos jornais e na televisão
Só pra te enlouquecer até você me pedir perdão"

Espectador


Vou assistir o show da vida!
Decidir não mais participar dessa dramaturgia crua!
Não quero acreditar em tudo e terminar desacrente das coisas do mundo e temer o que ele pode realmente ser capaz!
Quero esperar pra ver o que acontece, como quem vê a vida do alto sem expectativas baseadas em supostas promessas!
Quero mesmo é assistir, quem sabe assim eu aprendo.
Não sei se tenho estrutura para aprender as coisas de uma outra forma!
Tem que ser assim!
Então abro mão de ser o protagonista dessa históra e dixo que me mostrem quem realmente sou e que lugar eu posso ocupar nessa vida!

Agora vou assistir o show da vida, da minha vida!

O Maior Amor do Mundo



Outro dia quis saber a força do maior amor do mundo!
Experimentei na pele.
Afinal, que melhor respsta poderia ter senão a sensação da experiência própria.
E me viciei nesse amor.
Amor de novela, de filme, amor de realidade, saborosa realidade.
Jamais pude imaginar que se pudesse medir o amor.
Enão consegui.
O que pude pereceber foi um amor à flor da pele, que me consome a cada segund de vida.
Um amor que arranca minhas raizes e fico assim...sem chão, sem noção de como fazer para falar o que é isso qeu confunde minhas pernas e, sem jeito, me flagro feito bobo atento ao lindo som das batidas do seu coração, ritimado com som de sua respiração.
Então vc abre os olhos...ai que lindos olhos. Rasos, eu mergulho em sua profundidade escondida!
Vivo esse amor com a inensidade do maior amor do mundo, sem temer e tendo a certeza e segurança proporcionada somente por este enlace dos teus braços.
E o que falar desse corpo, frágil corpo, doce encanto de menina-mulher.
Ai vem a melhor e mais sublime parte.
Inesplicavelmente a hipnose desses lábios teus, que quando encontra os meus, já nesse confusão de entrega total, me perde, e rapidamente eu me encontro nos teus braços.
E assim eu me completo desse amor, desse lindo amor, onde vivo, onde sobrevivo, onde sinto a força do maior amor do mundo

domingo, 27 de abril de 2008

Carta a D. - História de amor


"Você acabou de fazer oitenta e dois anos. Continua bela, graciosa e desejável. Faz cinqüenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. Recentemente, me apaixonei por você mais uma vez, e sinto em mim, de novo, um vazio devorador, que só o seu corpo estreitado contra o meu pode preencher(...) Eu vigio a sua respiração, minha mão toca você. Nós desejamos não sobreviver um à morte do outro. Dissemo-nos sempre, por impossível que seja, que, se tivéssemos uma segunda vida, isríamos querer passá-la juntos."


André Gorz

sexta-feira, 25 de abril de 2008

EU TE AMO



Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir


Ana Carolina
Composição: (Antônio Carlos Jobim, Chico Buarque)

Amor aos pedaços



Ah meu amor, não levante tão cedo.
Arranhe sua barba em minhas costas....me beije mais uma vez!

Oh meu amor, não fujas desse nosso destino, não brigue com a verdade!
A verdade é que te amo, a verdade eh que suas mãos ainda pucham meus cabelos.
Aquele vestido vermelho que me déstes, ficou mais bonito ao ver você tirá-lo de mim.

Minhas costas nuas...apenas suas mãos desenhando minhas vretebras, geladas ao sentir que serei sua só esta noite.

Já que não posso ser sua, volte amanhã.
Me faça feliz nesses espaços de tempo, que, com esse amor aos pedaços, farei de você um dia o último pedaço que me falta para, enfim, sentir-me completa!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Le départ

Eu cheguei, mas ainda não desfiz as malas. Por falta de coragem, medo, não sei ao certo, apenas não quis encarar o que havia trazido, ou melhor, vivido.
É uma realidade nua e crua, tão crua que chega a amargar.
Mas, quer saber?
As vezes que enchuguei suas lagrimas, lágrimas iguais a essas que insistem em jorrar agora, pode ter certeza que elas foram enchutas para nunca mais voltar.
Eu quis ser melhor que qualquer um, ou melhor eu quis ser melhor do que qualquer outro que quisesse medir forças comigo.
Doeu, e ainda doi olhar pela fresta da janela e ver a chuva levar pra bem longe tudo aquilo que vivemos. E não não era verdade? Então vc veio apenas me mostrar o que não valia a pena?

Ou siplesmente eu não fui capaz...?

Por que deixou chegar a esse ponto? Não lhe era o bastante, conhecer meus pontos fracos? O que mais vc precisava para não errar? E você errou! E vem errando ja há um bom tempo, mas sei q ue o erro nãou foi só seu. Eu também errei, quando pensei que eu fosse o bastante pra nós dois.
Talvez você não entenda. Talvez meus devaneios complexos, sejam complexos de mais e exija de você uma sensibilidade quase que poetica, mas talvez, deva ser melhor o silêncio...nele vc encontrará a resposta pra tudo que eu venho tentando te dizer e que você insiste em ignorar, poupando-se de um possível esforço maior.
O que você não pode imaginar é que o que você tem sacrificado...pode ser precisoso de mais. E pior, pode não haver volta, pode ser tarde de mais...
Enquanto isso eu vou tentando conviver com esse adeus silenciado, com esse cansaço de tentar vencer essa guerra contra mim mesmo. Contra aquilo que preservei, mas que, por culpa minha talvez (prefiro não encontrar culpados), não resistiu ao tempo, às provas que a vida nos exige.

Fico aqui, escondendo a vítima, para que ela não se faça de vítima, e acabe vítima desta injusta infâmia de querer se fazer de vítima!

Primeiro o telefone que se cala, depois já nenhum barulho mais nesse quarto, nessa vida!
O tempo vai passando e aos poucos irei percebendo que na realidade fui posto em prova e acabei perdendo.
Talvez eu prefira mesmo ficar com a idéia fixa de que não fui capaz, não mereci!
Talvez aquela foto fique ali mesmo, talvez eu rasgue, talvez eu risque rabisque você...talvez, assim eu te esqueça de uma vez...talvez não!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Castelo de Areia



Eu sempre quis conseguir construir um enorme castelo de areia, daqueles mesmo de filmes, quase que irreais...e talzvez tenha sido graças à essa irrealidade que eu jamais tenha conseguido.
É trsiste ver ostentada tanta beleza e magnitude e, em questão de segundos, ver desmoronar com um vento tão frágil, tão suave...quase inofensivo tdodo um esforço...jogado fora.
Assim imaginei...algo intacto, inalcançável, inatingível, protegido por uma divindade poderosa e desconhecida!
O pior de tudo é ter que aceitar.
Essa, pra mim é a pior sensação, de não poder segurar dos lados, pois a areia e que é feito, da mesma forma que parece macia, também é frágil e esquiva!
Então eu busco abrigo naquele mar sereno, mas que por ser imenso não consiga me preceber ali, parado estático, emudecido e quse que transeunte! Sequer sou socorrido, sequer sou encorajado a seguir, seuqer sou ouvido.
Ah....o meu castelo de areia, tão belo, tão certo, tão vago...Desastre meu?
Acho que não....nã sei ao certo.
Um beija-flor...

Mas o que fazes, de forma tão isistente nesse relutante bater de asas?

-Posso te dar um conselho?
(me pareceu como que uma luz no fim do túneo)
-Nem poderia recusar.
(o desespero fazia rugas de insegurança em minha testa)
-Tente um castelo com bases firmes, tente na terra molhada, não gasta, mas molhada, usada apenas pelo mar. Não é preciso que mude a areia, mas dê a ela o que precisa e sera muito bem recompensado.

Posso ter a escolha de procurar essa areia ou ainda, posso esquecê-la e deixá-la na companhia desse mar...

...olha o mar!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O mistério das estrelas

CUIDADO!
Assim você pode acabar pisando, sem querer, nas estrelas que acabei de te dar. Sem querer né?
Elas são frágeis como eu!
Precisam de algum sentido, não basta brilhar somente, precisa-se de um motivo para isso!Precisa de alguém que dê esse motivo!
Assim elas são solitárias mesmo estando em conjunto sempre, por mais distante que estejam, mas a maior distância que podem enfrentar é a distância interior.
Repare no crepúsculo...dê uma devida atenção e poderá escutar um pedido de socorro!
Acaba que, de repente, toda a solução e definição está no mistérios das estrelas!
Lá você poderá encontrar as respostas, para as perguntas que eu te fiz e você não soube me responder. E quem sabe, se não form muita pretensão, entender esse ininteligível discurso coplexo e, portanto, algoz!
Então tenha cuidado com elas (estrelas), não ande tão distraido, algumas coisas, ainda me envaideceria se você pudesse entender! Não queira desperceber esse brilho. Poucas coisas seriam tão cruéis!

Sou uma vítima, da minha própria armadilha
e por isso penso em desistir, mas as estrelas
...elas continuam a brilhar!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Canção de Amor da Jovem Louca

Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro
Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer
(Acho que te criei no interior da minha mente)
 
Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis,
Entra a galope a arbitrária escuridão:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
 
Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama,
Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade.
(Acho que te criei no interior de minha mente)
 
Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno:
Retiram-se os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
 
Imaginei que voltarias  como prometeste
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior de minha mente)
 
Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão
Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro:
(Acho que te criei no interior de minha mente.)
 

Sylvia Plath


Ps: tem Link no Titulo

Às vezes parece um aviso!

Procura-se um amigo sozinho
de andar discreto e gesto silencioso.
Procura-se desesperadamente um amigo
que saiba se aproximar
de um passarinho.

Rita Apoena

Ps: Tem Link no Título

sexta-feira, 28 de março de 2008

Só pra desabafar...


Não posso acreditar que mais uma vez meus dedos me traem dessa maneira. Eu sequer fiz qualquer esforço, mas acabei vindo parar aqui. Mas é só pra desabafar. Deve ser essa tal saudade que insiste em me fazer permanecer nesse estado, sujo, deplorável.
Por que vir aqui e falar de minhas fraquezas, dessa escuridão...nessa escuridão, alimenta ainda mais minha solidão.
Olhar para o lado e acreditar que de tudo só me restou o medo, é assustador, mas creio que suportável.
Algumas loucuras fazem parte desse meu lado macabro de ver avida, mas que jeito? É dificil recuperar, é dificil aceitar e tentar começar de novo. É difícil reconciliar e reconhecer o que te impede de crescer, e ver que crer no que possa parecer viver, já não tem o mesmo gosto de prazer.
Aquele poema sujo, de poucos leitores até as obras mais requintadas e requisitadas de Vinícius, poderiam me fazer cmpanhia agora. Mas acaba por despertar o adormecido.

Maria Adelaide Amral joga na minha cara, sem dó nem piedade, o meu vazio.

Khaled Hosseini me diz que "faria isso por mim, mil vezes" e eu espero.

Me tranco num conflito existencial camuflado, isolado e espero...mas não tenho resposta. O Desespero acompanha gentilmente o medo e me faz viver num fingimento terrível.Cala meu grito, sufoca aquele que poderia ser o ultimo suspiro de minha agonia, e não vê que eu estou pedindo ajuda?
Começo sem rumo, até me encontrar e me perder mais umas vez!
Definitivamente eu já não sei o que fazer...talvez eu viva mais uns cem anos...assim eu posso esperar mais um pouquinho e quem sabe, nessa estrada, eu não me encontre e me perca mais uma vez...

...só não sei se "vocês" irão viver isso tudo pra poder me dizer pelo menos que: "...infelizmente é tarde de mais."

domingo, 16 de março de 2008

Faz algum tempo que o tempo me pediu um tempo.



Faz algum tempo que o tempo me pediu um tempo.

Eu não entendi muito bem, mas questionei e acabei tendo a resposta com o próprio tempo! Ele me trouxe a resposta de uma forma mais dolorosa, mas serviu para que eu pudesse enchergar as coisas de uma forma mais real. Me trouxe o significado da distância e o que ela faz, severamente com as pessoas...Foi o tempo que afastou de mim, ou que tornou isso claro pra mim.

A dor é maior agora. Por que você vê do alto a sua vida diante de uma espécie de aquário e de mãos atadas, aquilo te sufoca...você quer gritar, mas de que adiantaria? Quem escutaria?

O fato é que a vida, definitivamente, não é um jogo; e não há vilão nem mocinho...a dor que se sente foi você quem deu origem, foi você quem quis assim!

Mas não se pode ocultar certas coisas...inclusive essa dor!
Isso aqui já é um próprio martírio...pra quem escrevo?

...

sábado, 15 de março de 2008

Valerá à pena?



Me custa acreditar...de maneira que, por vezes chego a pensar que tive culpa. E será que não tive mesmo? Mas acho que não. Eu tive foi medo de me acostumar a olhar para o lado e não ter onde me apoiar.

Mas que ironia do destino. O tanto que lutei, o tanto que sofri e, por não ser muitas vezes compreendido acabei me estigmatizando. Acho que isso contribuiu para que eu passasse a não encontrar outro fundamento que não fosse a "TEORIA DA CONSPIRAÇÃO".
Tenho me policiado bastante de uns tempos pra cá, mas aquilo que tanto me fizeram engolir num gole seco, que me fizeram sufocar, hoje, me perturba ignorando o temnpo e tornando-se a aparte involuntário de um pesadelo que fora adormecido. As mágoas ficam, mas meu esforço na ideia massante de que valerá a pena é que ainda define as bases desse firmamento, pois sei que ao desmoronar restará meu empenho para provar que, embora julgado e caleijado, eu nunca desisti. E estou certo de que nenhuma atitude ou sequer a mais freudiana interpretação humana será capaz de fazer alguém entender essa dor que insiste em gritar em mim de forma silenciosa. Prepotencia minha? Egoismo?...incerto diagnóstico. Mas há uma certeza nisso tudo, com nome, idade e endereço...e ela me faz tão bem!
Por isso procuro esquecer as tristezas do incerto e viver a felicidade que a certeza tanto tem me proporcionado.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Que saudade...




Algumas confusões, a gente é quem faz daí o ditado "fazendo tempestade num copo d'água".
Mas não estamos livres de estarmos confusos simplesmente por estarmos confusos. É assim meio que sem motivo para os outros e com a total cereteza de que a razão esta ao nosso lado.
Ás vezes eu tenho a impressão de estar vivendo numa bolha...ou melhor de ter vivido esse tempo todo numa bolha. Uma bolha fantasiada por mim mesmo e de repente essa bolha tem mostrado sinais de que a qualquer momento ela pode estourar.
A gente passa a vida inteira em busca de uma interminável procura da perfeição interior, tal qual uma perfeição exterior, no sentido de boas relações na convivência humana. Mas são tantas pedras no caminho, tenho a impressão de que aquela pedra tão comentada por Drumond era uma rocha, ou melhor um meteorito (é claro que cada um atribui a proporção que lhe for melhor), chego até a acreditar que pode ser uma conspiração!
É ai onde entra a tal teoria da conspiração que insiste em me perseguir.
Quem vê assim pode até pensar que estou a beira de um abismo ou que fiz um pacto suicida e estou a procura de um meio para me despedir.
Mas "SEM PREOCUPAÇÃO" não eh nada mais que um dos meus balanços.
Eu tive a impressão mesmo de estar vivendo um inferno astral.
Mas é que eu não consigo me acostumar com isso.
Eu sinto falta do passado. Ando meio retrospectivo (nem sei se essa palavra existe. Não no sentido que estou aplicando.) ultimamente.
Nada de "Ah! que saudades da aurora da minha vida", mas daquele fim de tarde magnifico que causava uma sensação excessiva de adrenalina, mas que no final das contas era só um fim de tarde. É claro que tudo isso não teria essa interpretação se não fosse eu quem vivenciasse tudo e sem a presença de pessoas que foram se espalhando no tempo...
Eu tenho uma vasta experiência com o sentimento da "saudade", mas cheguei a conclusão de que essa experiência não significa que eu saiba de repente lidar com isso tudo.

Dói eu ás vezes chego à chorar calado, mas nada muito demorado, só o tempo de eu perceber o papel ridiculo que estou fazendo e então eu repito comigo mesmo:

"...não importa o quanto vc se importa, algumas pessoas simplesmente não se importam."


Ps: estou trabalhando esse meu lado prolixo de expressar meus sentimentos de modo que da próxima vez tentarei ser mais direto.