segunda-feira, 22 de julho de 2013

Estado de Espírito

Bastou que me questionasse sobre felicidade e pronto, eu logo calei. Não fiz esforço algum para disfarçar meu instantâneo desconforto.
Mas de antemão pensei em você. Não falei, nem mesmo esbocei qualquer reação que me denunciasse, mas confesso: eu pensei em você.
Mas não falei, não quis que sentisse depositada de maiores responsabilidades, pois sei que corresponder sentimentos é sempre uma grande responsabilidade.

O fato curioso foi ter associado, quase que involuntariamente aquela palavra que me significava nada mais que conforto e bem estar à algo tão desconfortável. Bem como trazer nesse desconforto a sua lembrança, numa antítese declarada.

Mas entenda que a sua imagem veio a mim pura e simples. Assim te anuncio minha como algo do qual você não precisa se preocupar em corresponder, apenas saiba que tenho em tua lembrança o meu vale de afago e segurança. É dessa forma que pretendo que saibas de mim.

Não quero que sinta o mesmo, não quero cobrar sequer uma lembrança parecida, mas tão somente o seu conhecimento da verdadeira significância de tudo isso.

Há quem veja como amor; amizade, que seja. Pra mim bastaria saber que é verdadeiro o meu "querer" sincero.