terça-feira, 18 de junho de 2013

Segredos



É que você não sabe, mas depois daquela tarde eu chorei.
Fugiu de mim o rumo, o prumo, a sábia malícia de conduzir o passo e chorei.
Disse de mim, de ti e de mais alguém que quisesse ser o que senti ou sentirei.
E tão logo te asseguro que nenhum efeito nesse apuro me fez rei.

Meu laço gasto aproximou um querer jamais visto.
Meus olhos nublaram qualquer percepção e aquilo tudo tão pequeno tomou outra proporção.
Então não diga que foi do nada, porque você não sabe, mas naquela tarde eu chorei.

Meu Pranto





É quando a dor afoga minha voz num pranto que não se revela.
Meu coração cansado das feridas (velhas e novas) trazidas nessa estrada escura, faz de meus sonhos pequenos pontos de luz inalcançáveis.

Temo por não ter ousado (cedo ou tarde) e peco por não ter dado a minha dor a voz e a mediada que precisava para ser curada.

O que sobrou da dor



Deitei a noite sem dormir
Olhei o fim da sala vazia fazer um arco íris
Monocromático na dor do adeus que sujou
E marcou o rastro de saudade que deixou quando partiu

Foi só você dizer, foi só vc negar
E eu já não sabia o que fazer, não sabia disfarçar
Brinquei de amor sem ter a mão estendida
Que me chamava pra sonhar

Eu só sonhei 
Arrependi meu sofrer
Abandonei meu prazer
Mas não hei de esquecer a versão
Dessa dor  que na bagunça de meu coração
Pra sempre irá viver